PERMANECER
(2017 - on going)
"Nenhuma imagem substituirá a intuição da duração,mas muitas imagens diferentes, retiradas das ordens de coisas muito diversas, poderão, concorrendo no seu movimento, dirigir a consciência exatamente para o ponto em que a intuição se torna inteligível."(Henri Bergson)
"Não existe arte sem essa ambição de parar o tempo" (Rui Chafes)
"Afigura-se-me que há duas formas de olhar para as rápidas transformações por que o mundo passa. Muitos vêem sobretudo o que muda, outros procuram surpreender o que, a despeito delas, permanece". (Orlando Ribeiro)
PERMANECER foi realizado durante uma série de visitas à cidade de Ammaia, cidade romana que existe há cerca de 2000 anos no norte alentejano em Portugal. Estando a decorrer ainda escavações arqueológicas que procuram descobrir a cidade romana que se esconde por debaixo de várias camadas que a foram escondendo ao longo dos anos, aquilo que me interessou no meu trabalho enquanto artista foi explorar as tensões entre conhecido/desconhecido, construção humana/natureza e a forma como as coisas ainda permanecem ao longo de tantos anos, numa perspetiva pessoal e subjetiva.
Ao contrário do arqueólogo que procura as marcas históricas e científicas dos espaços e dos objetos, o fotógrafo pode aqui ser visto como um "arqueólogo acidental" que por sua vez descobre espaços e objetos para, com e através deles, construir novos lugares e objetos poéticos e imaginários. O "arqueólogo acidental" é uma figura deambulatória que procura vestígios, rastos, marcas (anónimas) através das quais as coisas permanecem, construindo assim a sua narrativa pessoal e poética.
"PERMANECER" é um equilíbrio dinâmico, é um gesto de escuta permanente de um lugar imaginário por vir. "PERMANECER" podia ser o nome desse novo lugar, um lugar com nome de verbo. "PERMANECER" é uma coleção pessoal de um lugar desconhecido; é a inscrição de um trajeto na paisagem, ou pelo menos, das marcas que ele deixou.
PERMANECER foi realizado durante uma série de visitas à cidade de Ammaia, cidade romana que existe há cerca de 2000 anos no norte alentejano em Portugal. Estando a decorrer ainda escavações arqueológicas que procuram descobrir a cidade romana que se esconde por debaixo de várias camadas que a foram escondendo ao longo dos anos, aquilo que me interessou no meu trabalho enquanto artista foi explorar as tensões entre conhecido/desconhecido, construção humana/natureza e a forma como as coisas ainda permanecem ao longo de tantos anos, numa perspetiva pessoal e subjetiva.
Ao contrário do arqueólogo que procura as marcas históricas e científicas dos espaços e dos objetos, o fotógrafo pode aqui ser visto como um "arqueólogo acidental" que por sua vez descobre espaços e objetos para, com e através deles, construir novos lugares e objetos poéticos e imaginários. O "arqueólogo acidental" é uma figura deambulatória que procura vestígios, rastos, marcas (anónimas) através das quais as coisas permanecem, construindo assim a sua narrativa pessoal e poética.
"PERMANECER" é um equilíbrio dinâmico, é um gesto de escuta permanente de um lugar imaginário por vir. "PERMANECER" podia ser o nome desse novo lugar, um lugar com nome de verbo. "PERMANECER" é uma coleção pessoal de um lugar desconhecido; é a inscrição de um trajeto na paisagem, ou pelo menos, das marcas que ele deixou.